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Hordas do Pandemônio

"Em algum ponto do futuro." A criatura pulou sobre ele com tanta força que atravessaram uma parede de metal reforçado como se fosse feita de papelão. Ele caiu com o monstro sobre seu corpo tentando a todo custo cravar os dentes em seu pescoço, felizmente sua armadura tinha sido projetada para proteger todo o seu corpo, desde a cabeça até aos pés. Quando o caçador sentiu o impacto do solo sob suas costas não teve dúvidas, mesmo com a fúria do vampiro sobre si, permaneceu tão frio quanto se esperaria de uma máquina de guerra, e, segurando a arma de grosso calibre em sua mão esquerda, apertou o gatilho tantas vezes que quase perdeu as contas, mas não perdeu, foram doze disparos em menos de um segundo; a arma lançou projeteis prateados e luminosos capazes de abrir buracos em blindagens de qualquer carro de combate dos anos 2000 como se não passassem de alumínio fino. Alguns dos disparos atingiram a criatura que saltou para traz gritando freneticamente sentindo sua pele p
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Filho de Nix

A voz dela penetrou na mente do vampiro e tudo se transformou. Ele gritou novamente tão auto quanto jamais pensou ser capaz, a dor consumia-lhe o que restava de sanidade e não importava o quanto fizesse de força contra as correntes que o aprisionavam pelas mãos, pés e pescoço; não conseguia rompê-las mesmo usando sua força sobrenatural e todo o desespero provocado pelas queimaduras hediondas causadas pela luz do sol. Durante todo o dia ele se contorcia debaixo da poderosa luminosidade do sol do deserto, gritava, urrava, chorava lágrimas de sangue e tentava se libertar daquela prisão no meio do nada, sua pele ficava vermelha por causa das queimaduras provocadas pela luz, em seguida abriam-se inúmeras feridas que fervilhavam dolorosamente até o ponto em que o sangue exposto que escoria pelas fissuras secava, dando início a um processo de carbonização violenta. Neste momento, que geralmente ocorria quando o sol estava no ponto mais alto do céu, toda a pele do prisioneiro, que

O último dos cinco.

Havia um pequeno parque de diversões na minha cidade que foi desativado porque alguns acontecimentos estranhos ocorreram lá. Lembro-me que, naquela época comentavam sobre duas pessoas terem sido encontradas sem vida na atração conhecida como "a casa assombrada", aquela clássica casa onde são colocadas assombrações falsas que, na verdade quase não assustavam ninguém. O fato foi que duas pessoas morreram lá, mas ninguém, nem a polícia, nem os integrantes da equipe de emergência souberam dizer o motivo das mortes, segundo disseram semanas depois, havia um detalhe bizarro nos corpos daquelas duas pessoas, na verdade faltava algo; o sangue; segundo foi dito, parece que não havia nenhuma gota de sangue nos corpos das vítimas. Esse boato se espalhou e eu nunca soube se era apenas mais uma invenção das pessoas para encobrir o real motivo ou se realmente havia alguma verdade nisso, obviamente que na época eu não acreditava que duas pessoas adultas pudessem ter morrido apar

Quando as sombras falam.

Na noite de 25 de abril de 2008, numa cidade brasileira cujo nome não foi divulgado, a polícia foi acionada para resolver uma ocorrência de perturbação da ordem pública, pessoas disseram ter ouvido gritos e sons extremamente estranhos vindos de uma pequena praça localizada no centro do município do sudeste brasileiro. Ao chegar no local a primeira viatura contendo dois policiais se deparou com uma mulher que corria ziguezagueando pela rua, descalça e com muito sangue tanto no pescoço quanto no busto, manchando a camisa que usava, ela estava completamente desnorteada e, em choque, parecia ter visto um fantasma. Os policiais a resgataram e acionaram o SAMU, mas antes que o socorro chegasse mais uma vítima apareceu correndo, um jovem que gritava por socorro desesperadamente e logo que saiu da praça tropeçou, por causa do esforço que estava fazendo para correr, e caiu batendo a cabeça contra o solo; este também tinha as roupas manchadas de sangue. Ambos os policiais pensaram que

Escravos da morte

Mais um carnaval acabou, esta é, sem dúvida, a melhor semana para todos os noctívagos como eu; são noites em que podemos sair pelas ruas sem ter a menor preocupação em manter nossa existência em segredo, porque as pessoas comuns estão tão bêbadas e inebriadas com todo o maravilhoso caos criado por sua alegria desesperada que nem mesmo se dão conta de que são apenas uma multidão de vítimas esperando para serem encontradas e abatidas. Eu me chamo Jezhrabel, neste momento estou em minha casa, sentada sobre minha cama e alimentando meus animaizinhos com meu próprio sangue retirado de um longo corte superficial que faço em minha garganta; depois deixo que meus bichinhos, dois gatos que estão comigo desde o início, bebam um pouco, faço isso uma vez ao mês e eles se tornaram criaturas tão longevas quanto eu. A verdade é que prefiro meus monstrinhos às pessoas e é por este motivo que vou contar como foram meus dias de carnaval na cidade maravilhosa. Moro no Rio de Janeiro desd

Súcubo

Felipe foi recebido no consultório do seu analista como costumava acontecer nas últimas quatro semanas; durante esse tempo ele vinha tendo alguns sonhos que o estavam incomodando. Fazer as sessões de analise tinha sido uma ideia de sua ex-esposa, Íris, que era psicóloga, e julgava que ele não tinha conseguido lidar bem com o divórcio, embora tudo tivesse acontecido de forma amigável. Ela achava que ele havia reprimido seus sentimentos e que isso o estaria atormentando em forma de sonhos que também o estavam machucando psiquicamente e fisicamente, porque já fazia alguns meses que ele estava evitando falar com ela frente a frente, ou mesmo atender as ligações. _Olá Felipe! – Disse o doutor, Paulo Roberto de forma cordial; e concluiu a saudação dizendo: Como você está hoje? Felipe caminhou pela sala pequena, porém muito bem mobiliada com estantes repletas de livros, um longo tapete recobrindo o assoalho de tacos envernizados, uma mesa com um laptop e algumas outras coisas. Ele

Maldição carniçal

O homem caminhava lentamente, trajava um longo casaco pesado de couro e um chapéu surrado que lhe serviam tanto para proteger do sol quanto para impedir que alguém olhasse diretamente para seu rosto parcialmente deformado. Trazia na mão um saco de couro repleto de coisas importantes, ao menos para ele. Todos os dias, logo que o sol surgia no céu ele acordava, caminhava pelos salões escuros da antiga catedral que agora chamava de lar, para verificar se não havia nada errado. Checava se todas as janelas e portas estavam devidamente trancadas, via se todos os objetos de valor de seu mestre estavam nos devidos lugares e alimentava os animais acorrentados. Após isso fazia sua ronda pelo lado de fora do lugar, a catedral estava abandonada a mais de um século, ficava em uma localidade ligeiramente distante de algumas cidades rurais e ainda mais distante de alguns centros urbanos, mas não tão distante que ele não pudesse visitá-los de vez em quando à procura de alguma diversão carnal